Em resposta aos apelos da Segunda Conferência Mundial do Clima (Genebra, 1990), a Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) criou o Global Ocean Observing System (GOOS) em março de 1991. A criação também foi resultado do desejo de muitas nações de reunir as informações necessárias para melhorar as previsões das mudanças climáticas, a gestão dos recursos marinhos, a mitigação dos efeitos dos desastres naturais e o uso e proteção da zona costeira e do oceano costeiro. A chamada para criar e desenvolver um GOOS foi reforçada em 1992 na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro.
Os sistemas de medição oceânica sob a égide do GOOS foram inicialmente concebidos pelo Ocean Observing System Development Panel, refinados no Plano de Ação de 1998 para GOOS/GCOS e aperfeiçoados no Plano de Implementação do GCOS. A conferência OceanObs'09 (Veneza, Itália) envolveu mais de 600 participantes de 36 países que definiram uma visão para observações oceânicas socialmente benéficas a serem sustentadas na próxima década. Os participantes pediram o desenvolvimento de uma estrutura para planejar e avançar um sistema de observação global aprimorado com observações físicas, biogeoquímicas e biológicas existentes e novas. Isso levou a uma transformação das estruturas e governança do GOOS em 2012.
GOOS é dirigido a dois temas principais. Um diz respeito principalmente ao oceano aberto e é projetado para fornecer informações de apoio aos serviços oceânicos e à previsão do tempo e das mudanças climáticas. O outro diz respeito principalmente aos mares costeiros e destina-se a fornecer informações sobre a saúde dos ecossistemas costeiros e o seu desenvolvimento sustentável, sobre a contaminação e poluição e a qualidade da água, sobre as condições relativas às atividades comerciais e recreativas offshore e sobre os perigos marinhos – especialmente tempestades e tempestades que possam afetar a vida e a propriedade. O módulo climático do GOOS é o componente oceânico do Global Climate Observing System, GCOS, tornando esses dois sistemas inseparáveis.
Os co-patrocinadores do GOOS Steering Committee, que é responsável por todos os aspectos científicos e técnicos do projeto GOOS e na realização de atividades apropriadas para apoiar o processo de design, são o COI da UNESCO, OMM, PNUMA e o ISC. Em relação ao ISC, o Comitê Científico de Pesquisa Oceânica (SCOR) do ICSU, o ISC organização predecessora, sendo o principal órgão do ISC responsável por assuntos relacionados à pesquisa oceânica e, ao mesmo tempo, o principal órgão consultivo científico do COI, está envolvido no projeto e planejamento com base científica para GOOS.
Os Chefes Executivos dos co-patrocinadores nomeiam conjuntamente o Presidente e os membros do Comitê Diretor do GOOS, providenciam a expansão do Secretariado do GOOS, providenciam o apoio financeiro necessário para o Comitê Diretor do GOOS e sua equipe de secretariado e harmonizam e coordenam o GOOS Atividades. Cada uma das organizações patrocinadoras também nomeia um membro representativo para o Comitê Gestor do GOOS. O Comitê Diretor tem a responsabilidade de apresentar relatórios às organizações patrocinadoras nos momentos apropriados.
Em outras palavras, o ISC contribui para o desenvolvimento e aprova a estratégia e os planos de atividades, bem como os orçamentos associados. O ISC também estabelece e nomeia comitês internacionais de direção/consultoria, com a possibilidade de membros do ISC apresentarem indicações como parte do processo. O ISC também é responsável por revisar o GOOS, definir os termos de referência da revisão, nomear os membros do painel de revisão e financiar os representantes do ISC.