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Relatório

Igualdade de gênero na ciência: inclusão e participação de mulheres em organizações científicas globais

Um estudo relatando a inclusão e a participação de mulheres em mais de 120 organizações científicas coordenadas em nível global concluiu que as mulheres ainda estão sub-representadas. Ele pede o estabelecimento de uma coalizão sobre igualdade de gênero na ciência global para garantir uma agenda de ação transformadora.

O relatório é o produto de uma importante colaboração entre GenderInSITE (Gênero em Ciência, Inovação, Tecnologia e Engenharia), a Parceria InterAcademia (IAP) e o Conselho Científico Internacional (ISC).

Relata os resultados de pesquisas realizadas entre academias de ciências que são membros do IAP e do ISC, bem como entre sindicatos e associações disciplinares internacionais que são membros do ISC.

Juntos, o IAP e o ISC representam mais de 250 organizações únicas espalhadas por todo o mundo e que cobrem a ciência no seu sentido mais amplo, incluindo engenharia, medicina e ciências sociais. Esta é uma poderosa coligação emergente para a igualdade de género na ciência que tem o potencial de se expandir para incluir outras redes científicas globais semelhantes.

Os resultados do inquérito permitem comparações com um estudo anterior realizado em 2015 e fornecem informações de base importantes para a tão necessária transformação de género na ciência global.

Principais conclusões

  • Representação: A percentagem média de representação feminina nas academias seniores é de 16% — enquanto a percentagem média nas academias jovens é de 42%
  • Liderança sênior: A percentagem média de mulheres que exercem funções em órgãos de governo é de 29% nas academias e de 36% nos sindicatos e associações disciplinares. Geralmente, as organizações de ciências sociais têm uma classificação mais elevada no que diz respeito à percentagem de mulheres em posições de liderança.
  • Apoio: 22% das academias e 42% dos sindicatos e associações possuem documento que aborda o assédio sexual no local de trabalho. Algumas academias também oferecem estruturas relevantes adicionais que tratam de questões de assédio sexual.
  • Disciplinas: A percentagem de mulheres membros da academia varia entre 28% (ciências biológicas) e 27% (ciências sociais, humanidades e artes) e 10% (ciências da engenharia) e 8% (ciências matemáticas).
  • Participação: 36% das academias possuem documentos que mencionam explicitamente a necessidade de maior participação das mulheres nas suas atividades. 45% das organizações disciplinares internacionais possuem um documento de estratégia de género. 46% das academias têm programas ou iniciativas com foco nas mulheres na ciência.
  • Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: O alinhamento das academias com o Objectivo de Desenvolvimento Sustentável 5 da ONU (igualdade de género) é relativamente baixo – apenas 46% concordaram ou concordaram fortemente. Outros 20% afirmam que o ODS5 não se aplica à sua instituição.
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